terça-feira, 26 de maio de 2009

Rastos E Milongas

(Eron Vaz Mattos - Luiz Marenco)
Meu verso não tem costeio mas tem alma de Tahã

Cor de cinza e picumã que se perde céu acima

Troca de pluma reanima faz ninho empeça postura

Chocando alma e lonjura pra descascar uma rima

Tem feições de cardo e tuna em meio a campos floridos

E nos acordes sentidos com primavera nas mãos

Libera a voz da emoção com ressabios e segredos

E o que me falta nos dedos, me sobra no coração

Deixar rastos e milongas sinais de cascos e esporas

É como semear Rio Grande vida à dentro, campo à fora

Vida à dentro, campo à fora

Meu canto é parte de mim, anda comigo à cavalo

Por entre domas e pealos em tropas ou recorridas

Com esperanças perdidas e saudades mal domadas

Com cicatrizes lavradas dos esporaços da vida

Por isso tenho milongas entranhadas no meu ser

E poucos hão de entender que meu verso pêlo duro

Abre rasto prá o futuro, sesteia em sombras de molhos

E guarda luas nos olhos para enxergar no escuro

panbox3

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