sábado, 25 de julho de 2009

Pão quentinho, hamburguer e desculpas

Peço desculpa por não postar ontem, mas, pra não ficar faltando, estou escrevendo hoje.

De qualquer forma, juro que foi por um bom, quer dizer, um ótimo motivo e vocês vão ter que concordar. Se você tem o costume de abrir as caixinhas deve ter visto um vídeo demonstrando o método francês de sovar pão. E deve ter pensado: "que que tem a ver com gremistas e colorados?". Na verdade, NADA. Mas eu estava entrando num período de preparação, aprendizagem e aperfeiçoamento da maravilhosa arte de fazer pão.

Não pense que sou marinheira de primeira viagem. Tenho orgulho de dizer que no 3º ano do 2º grau (ou Ensino Médio) já havia feito muitas baguetes. Aliás, tenho um fascínio por baguetes, não sei por quê.

Mas nunca tinha conseguido deixar o pão realmente levinho. Sabe, aquele pãozinho fofinho por dentro, com uma casquinha crocante por fora e que não pesa no estômago? Pois dessa vez consegui o feito! Com auxílio de alguns segredinhos que, pra quem se interessar, vou colocar ao final do post. Mesmo pra quem nunca fez pão, com esses segredinhos garanto que qualquer um consegue. Dá trabalho e é um pouco cansativo, mas sovar pão é também muuuuuito relaxante.

Antes das dicas vai aqui a prova do crime. Não fiz só baguetes. Fiz um pãozinho pra um belo hamburguer (feito pelo meu pai) também. E é isso que eu fiz ontem ao invés de postar no blog...



Aqui estão os hamburgueres prontos!

O pão dos hamburgueres...

...e a baguete!

E aqui vão as dicas (usando a minha receita como base):
2 1/2 col. (sopa) de fermento biológico seco
1 1/4 xic. de água morna
3 xic. de farinha
2 col. (sopa) de açúcar
1 col. (sopa) de sal
1 col. (sopa) de azeite de oliva
farinha de milho pra enfarinhar
  1. O pão começa no dissolver o fermento biológico. Água muito quente mata o fermento, muito fria não ativa. Eu faço assim: coloco o dedo na água e se não estiver queimando mas quase dê vontade de tirar o dedo d'água ta bom. Dissolva o fermento em 1/4 de xic. e deixe por 1 ou 2 minutos. Depois mistute numa vasilha grande com o resto da água, a farinha, o açúcar e o sal. Misture um pouco e a partir daqui começa o trabalho de sovar!
  2. "Mas e o azeite?" Calma! Na etapa de sovar a farinha com o fermento e o açúcar formam o glúten. O glúten só é ruim pra quem tem intolerância a ele, pois ele é um dos responsáveis por deixar o pão fofinho. Misturar o óleo antes previne a formação de glúten, então resista!
  3. Bater a massa na mesa ou tábua e esticá-la bem ajuda muito na formação do glúten. Essa parte é cansativa, mas vale como uma terapia e garanto que a noite de sono estará garantida! Assista o VÍDEO (CLIQUE AQUI) e tente fazer isso além da sova tradicional. Por uns 15 ou 20 minutos. Não é tanto tempo assim! Faça umas pausas de 10 segundos se precisar. Vá adicionando farinha pra desgrudar das mãos e da mesa, mas não exagere! A massa não deve ficar seca nem dura. Depois desse tempo você vai sentir uma massa mais lisa e leve. É hora de por o óleo e sovar umn pouco mais até sentir lisa leve e encoporada de novo.
  4. Dica importante! Unte com óleo a vasilha onde o a massa irá descansar, faça uma bola com a massa, ponha dentro da vasilha e vire-a. Assim o óleo em volta de toda a massa não a deixará secar e ela crescerá melhor. Tape com um plástico e uma toalha.
  5. Essa dica fez toda a diferença pra mim, porque, principalmente no inverno, a massa leva muito tempo pra crescer. Então aqueça o forno por 2 ou 3 minutos em potência bem baixa e ferva um pouco de água. Desligue o forno, ponha uma vasilha com água fervente de baixo da grade do forno e a vasilha com a massa na grade. A massa dobrará de volume em 1 hora! (Pode variar entre 40min e 1 h e meia)
  6. Dobrado o volume a receita segue normal. Dê uns socos na massa pra sair o ar de dentro, estique-a, enrole-a, corte como quiser, molde como quiser, até recheie como quiser. E então enfarinhe umas formas com farinha de milho, ponha os pães aí, faça uns cortes superficiais se quiser, MOLHE A SUPERFÍCIE OU PASSE ÓLEO, ponha um plástico sobre eles e espere dobrar de volume mais uma vez (leva de 1h a 1h e meia).
  7. Pronto pra assar! Mas antes mais um segredinho. Se você gosta daquela casquinha em cima do pão coloque uma vasilha com água fervente junto pra assar. Isso também faz o pão crescer ainda mais e ficar mais molhadinho por dentro. Ponha os pães pra assar a 220ºC, sem pré-aquecer(!), por 10 minutos. Baixe para 200ºC e deixe assar por mais 25 a 30 minutos. Até que o som quando bater na casca seja um som de oco.
  8. Última dica! Se seu forno tiver dourador ou grill ligue-o por 5 ou 10 minutos (depois de assado por 25 minutos em 200ºC) ou até que dê uma coradinha.

É isso ai. Sintam-se à vontade para mudar, inventar e bricar com a receita. O azeite pode ser trocado por manteiga, banha, margarina, outros óleos... a água por leite... recheie, corte diferente! Divirta-se! Se gostar ensine mais alguém a fazer e peça o que os outros têm pra te ensinar. Vamos trocar e compartilhar conhecimentos!

OBS: Segunda vai a receita do hamburguer do pai.

panbox3

2 comentários:

  1. Oi Laís
    Achei o máximo a história dos pãezinhos.
    Vcs aceitam encomendas????
    um abraço

    Paulo Barros

    PS. O Blog está muito bom mesmo.

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  2. Vou providenciar pra quando vocês voltarem de viagem. E muito obrigada! Fico muito feliz que estão gostando. Até lá!

    ResponderExcluir

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