Quando me falta a essência busco-a na minha infância. Todo mundo tem "os favoritos" na infância. O número, a cor, o desenho favorito. O meu filme favorito era (ou é) A Branca de Neve e os Sete Anões. Andei pensando se seria por causa do medo que eu tinha da bruxa e do seu espelho ou pela cena em que a Branca de Neve faz as tortas de maçã com os pássaros. Maçãs tem muitos significados pra mim, inclusive na minha infância.
Às vezes perco a pessoa que eu sou na pessoa na qual me tornei. Mas, nas lembranças da infância, aquela que sou permanece imutável. Lá encontro os meus piores defeitos, os mais assustadores fantasmas, os sonhos (e pesadelos), mas também minha essência. Aquilo que, bem ou mal, me faz ser quem sou. Aquilo que, bem ou mal, me faz manter o foco no que acredito. Aquilo que, bem ou mal, ainda faz com que eu me permita sonhar, inventar mundos, usar a imaginação e ser criança. Ainda que de vez em quando.
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