Existe uma epidemia mais alarmante que a gripe A se espalhando por ai há tempos. De início se pensava que só os mais velhos sentiam os efeitos. Talvez fosse pela inabilidade que eles tem com as novas tecnologias. Mas não demorou muito para se perceber que esta ameaça invisível afeta ainda mais os adultos entre 21 e 50 anos, ou seja, os que trabalham. Os agravantes nesta faixa atendem pelos nomes "horário" e "prazo". Cada vez mais frases como "estou atrasado", "não consegui fazer nada", "é pra ontem", genéricos e similares aparecem nas conversas diárias.
Os mesmos sujeitos começaram a atacar estudantes. Ainda assim pensava-se que isso vinha com a idade, mas quando crianças de dez, oito e até seis anos começaram a lamentar a pressa dos relógios o terror já estava espalhado.
FALTA TEMPO! Os dias parecem não mais ter 24 horas. Os anos passam mais rápido. Todos estão sentindo e não existe uma zona segura. Do TEMPO ninguém escapa. E muitos outros medos vêm associados com ele. O medo da morte, de envelhecer, de ver os filhos sairem de casa.
É a CHRONOFOBIA. A pandemia mais democrática. Não exclui ninguém. A única coisa que muda é o quanto nos deixamos afetar por ela. Michael Jackson queria ser Peter Pan, vivia em Neverland e mesmo assim o tempo o alcançou.
Não dá pra correr mas dá pra conviver. Pra isso precisamos escolher nossas prioridades. Claro que existem coisas que temos que fazer. Mas se você ama tomar um chimarrão no fim da tarde, tome! Se quer ler mais, leia nem que seja uma página por dia e antes de pegar no sono. Se quiser passar mais tempo com a familia ou com os amigos, encontre nem que seja meia hora a mais na agenda. Quer viajar? Pare de se programar tanto e pegue a estrada no primeiro sábado ou feriado.
Porque essa doença não é causada apenas pela falta de tempo. É também, ou mais que isso, falta de espontaneidade. Uma necessidade incontrolável de colocar empecilhos em tudo, de complicar o que é simples.
Ninguém disse que o simples é fácil, mas o que é difícil é muito mais saboroso. Com ou sem Chronofobia.
P.S.: Procure entender o que esta dentro da caixinha.
é por isso que o jornalismo nao anda lá essas coisas... a dona laís nao escreve pra jornais...
ResponderExcluirbjokasss
ana caroline